O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam o cerceamento ao trabalho e a violência policial de que foram vítimas três jornalistas profissionais no exercício de sua funções, durante protesto na noite desta sexta-feira, no Derby, Recife. Mesmo após se identificar como repórter, um jornalista do NE10 foi intimidado por quatro policiais e obrigado a apagar as imagens e desligar a câmera. Um repórter fotográfico da Folha de Pernambuco tentou intervir na defesa de seu colega e foi expulso do local por PMs. Uma jornalista do Portal G1-PE foi atingida no rosto por spray de pimenta.
Essas ações claramente objetivaram impedir o registro da ação da PM no momento em que foram utilizados balas de borracha, spray de pimenta, ameaças e agressões para dispersar os manifestantes que até então realizavam um protesto pacífico. Isso inclusive, por policiais que não tinham identificação em sua farda, o que dificulta a necessária apuração e punição de excessos.
O Sinjope e a Fenaj defendem intransigentemente o livre exercício da profissão de jornalista para o correto registro e divulgação dos fatos. Cobramos da Secretaria de Defesa Social a identificação e punição dos agressores e a imediata revisão dos procedimentos adotados pela PM durante coberturas jornalísticas.
O Sindicato vai solicitar uma audiência com o secretario de defesa social, Wilson Damásio, para cobrar a apuração dos fatos e se mantém à disposição desses profissionais, como de toda a categoria, para garantir o correto e livre exercício da profissão.
fonte: Sinjop – Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco
acessível em: http://www.sinjope.org.br/noticias-detalhe.php?idNoticia=4200